Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (28) que pretende aplicar tarifas entre 15% e 20% sobre importações de países que não firmarem acordos comerciais com Washington. A medida faz parte de uma nova estratégia americana para reequilibrar a balança comercial e garantir abertura de mercados estrangeiros a produtos norte-americanos.
Durante entrevista a jornalistas, Trump citou avanços com nações asiáticas. “Concluímos o acordo com a Indonésia, e eles abriram o mercado para nós. O Japão também liberou a entrada dos nossos carros e do nosso arroz. As Filipinas fizeram o mesmo […] e eu adoraria ver a China seguir esse caminho. Estamos negociando com eles neste momento”, disse. Ele também confirmou que cartas serão enviadas nesta semana detalhando as novas tarifas a partir de 1º de agosto.
No último domingo (27), os EUA fecharam acordo com a União Europeia. Produtos europeus que seriam taxados em 30% pagarão agora 15%. Automóveis, semicondutores e medicamentos estão entre os itens afetados. Já o aço e alumínio seguem com sobretaxa de 50%. A UE se comprometeu a investir US$ 600 bilhões nos EUA, comprar energia e armamentos americanos e substituir combustíveis russos por produtos dos EUA. Haverá tarifa zero para itens estratégicos, como aeronaves e genéricos, mas bebidas alcoólicas ficaram de fora.
Enquanto isso, o Brasil foi excluído das negociações. Com apenas 1,3% de participação nas importações dos EUA, o país será alvo de tarifa de 50%. Diplomatas apontam que a relação com Brasília tem peso mais político que comercial. Washington também avalia aplicar a Lei Magnitsky contra autoridades brasileiras, o que pode gerar sanções e cortes diplomáticos.
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