Pelo menos 33 pessoas ficaram feridas após a Rússia lançar bombas em um bairro residencial de Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia, informou o governador regional, Oleh Syniehubov, na quinta-feira (24). Entre os feridos estão uma criança de 10 anos, duas de 17 anos e um bebê de 28 dias. O ataque com duas bombas danificou um prédio de apartamentos, um estabelecimento comercial e veículos em um distrito ao norte da cidade. Moradores fugiram do local em meio a uma espessa fumaça preta, segurando crianças enquanto as chamas consumiam carros estacionados.
Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, perto da fronteira com a Rússia, tem sido alvo frequente de ataques desde que as tropas do Kremlin recuaram de seus arredores em 2022. A Rússia, que nega atacar civis, intensificou os ataques aéreos em cidades localizadas atrás da linha de frente, matando dezenas desde o início deste ano, quando as negociações de paz foram interrompidas. Bombas planadoras, lançadas a quase 100 quilômetros de distância, têm sido particularmente devastadoras em áreas próximas ao campo de batalha, devido ao seu alcance e poder destrutivo.
Enquanto isso, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pediu à China que use sua influência para levar a Rússia a aceitar um cessar-fogo, iniciar negociações de paz e acabar com o derramamento de sangue. A declaração foi feita após encontro com o presidente chinês Xi Jinping, em Pequim, durante uma cúpula econômica entre o bloco europeu e a China. Von der Leyen afirmou que “a forma como a China continuará a se posicionar em relação à guerra de Putin será um fator determinante para nossas relações daqui em diante.”
Xi Jinping destacou a necessidade de aprofundar laços de confiança entre China e UE em meio à complexidade do cenário internacional e afirmou ser possível encontrar um “terreno comum” apesar das diferenças. A China, aliada geopolítica da Rússia, mantém oficialmente uma posição de neutralidade, mas tem sido criticada por governos ocidentais pelo apoio econômico a Moscou. O governo chinês rejeita acusações de fornecimento de armas à Rússia ou envio de combatentes chineses para o conflito.
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