O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (8) que o Brasil não pode se tornar um “apêndice” de nenhum bloco econômico, em referência ao Brics. O chefe da equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu que o País mantenha parcerias econômicas com países do mundo todo.
“O Brasil tem relações com o mundo inteiro. Estamos fechando um acordo com a União Europeia, vários acordos bilaterais com países do Oriente Médio, do Brics e outros que não pertencem ao Brics. […] Nós não podemos, pelo tamanho, pela escala da economia brasileira, prescindir dessas parcerias. Nós não podemos nos tornar apêndice de um bloco econômico”, disse Haddad.
Além disso, o ministro ressaltou que os Estados Unidos têm superávit comercial com a América do Sul. A declaração aconteceu após as falas do presidente dos EUA, Donald Trump, sinalizar que irá taxar em 10% os países que adotarem as políticas “antiamericanas” do Brics.
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“Eu já transmiti isso ao secretário de Estado do Tesouro americano, dizendo que não fazia sentido tributar uma região que compra mais do que vende para os EUA. Ele ficou de destacar pessoas, que são as que estão à mesa com o Brasil nesse momento, para tratar do assunto com seriedade”, afirmou Haddad.
Além disso, no ínicio da semana, o chefe da pasta econômica disse que havia um “grau de incerteza” nas declarações de Trump e que essas precisariam ser avaliadas com o decorrer do tempo. “Estamos focados no trabalho técnico que está sendo feito por eles, porque se nós formos levar em consideração tudo o que está sendo dito, vamos nos perder num discurso que pode não conduzir ao melhor resultado para os dois países”, ressaltou.
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