A revista britânica The Economist afirmou que o presidente Lula (PT) tem enfrentado queda de popularidade interna e perda de influência internacional. Segundo a reportagem publicada neste domingo (29/6), o petista adota uma postura “cada vez mais hostil ao Ocidente”, ao alinhar-se à China, ao Irã e distanciar-se dos Estados Unidos e da Europa. O exemplo mais recente foi a condenação brasileira aos ataques norte-americanos a instalações nucleares iranianas, posição que deixou o Brasil isolado entre as democracias ocidentais, que majoritariamente apoiaram ou minimizaram a ofensiva.
A revista também apontou que a presidência brasileira do Brics — bloco que passou a incluir o Irã em 2024 — deve acentuar esse alinhamento. Analistas destacam que, com a China fortalecendo o grupo como ferramenta de sua política externa e a Rússia na busca por legitimar sua guerra na Ucrânia, fica mais difícil ao Brasil manter discurso de neutralidade.
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Diplomatas brasileiros, segundo a publicação, tentam pautar temas menos controversos na Cúpula do Brics, que ocorre no Rio de Janeiro, como forma de conter danos à imagem do governo.
Internamente, Lula amarga o menor índice de aprovação dos seus três mandatos, em meio ao avanço da direita e à derrota no Congresso que barrou o aumento do IOF. Para a Economist, o presidente brasileiro combina pragmatismo limitado e prioridades externas pouco realistas, enquanto evita contato com Donald Trump — com quem nunca se encontrou — e investe esforços em aproximar-se de regimes autoritários. A revista conclui que Lula deveria “parar de fingir que importa” em crises distantes e priorizar questões domésticas.
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