O arquiteto e ex-participante do Big Brother Brasil, Felipe Prior, recebeu nesta sexta-feira (27) uma sentença favorável no processo em que era acusado de estuprar uma estudante durante jogos universitários realizados em 2018, em Itapetininga, interior de São Paulo. A Justiça local absolveu o réu por insuficiência de provas.
A decisão foi proferida pelo juiz responsável pelo caso e ainda admite recurso. A defesa de Prior, conduzida pelo escritório Kehdi Vieira Advogados, divulgou nota comentando o desfecho. Segundo os advogados, “o país precisa amadurecer para romper o tratamento enviesado em crimes contra a dignidade sexual”.
Felipe Prior se tornou conhecido nacionalmente após participar da edição de 2020 do reality show Big Brother Brasil, exibido pela TV Globo. Desde então, tem se envolvido em disputas judiciais relacionadas a denúncias de violência sexual.
Processo se referia a episódio de 2018
A acusação julgada em Itapetininga foi apresentada por uma estudante que participou dos jogos universitários na cidade em 2018. A vítima relatou à Justiça que sofreu abuso sexual durante o evento, que reúne alunos de diversas instituições de ensino superior.
Durante o processo, foram ouvidas testemunhas e analisados documentos apresentados pelas partes. O Ministério Público chegou a oferecer denúncia com base no relato da vítima. Contudo, o juiz responsável pelo caso entendeu que os elementos reunidos não foram suficientes para comprovar o crime imputado a Prior.
O resultado do julgamento ocorre em meio a uma série de ações semelhantes contra o ex-BBB. Segundo a Justiça de São Paulo, Prior responde a quatro processos de natureza parecida. Até o momento, foi condenado em dois, absolvido em um (o de Itapetininga), e ainda aguarda a sentença do quarto.
Defesa critica tratamento jurídico nos casos
Após a divulgação da absolvição, os advogados do ex-BBB divulgaram uma nota pública. “O Brasil ainda precisa amadurecer para romper com o tratamento enviesado nos crimes contra a dignidade sexual”, afirmou o escritório Kehdi Vieira Advogados.
A defesa sustentou que o caso de Itapetininga carecia de provas materiais e testemunhais que confirmassem o relato da acusação. Além disso, os representantes de Prior alegaram que a exposição pública do cliente contribuiu para o surgimento de acusações sem respaldo concreto.
O advogado criminalista Leonardo Kehdi, responsável pela linha de argumentação da defesa, reiterou que o processo foi conduzido com base em critérios jurídicos. “A sentença reconhece que não havia elementos suficientes para condenação”, disse, em entrevista ao portal g1.
Procurada pela imprensa, a defesa da vítima ainda não se manifestou oficialmente sobre a absolvição, mas fontes ligadas ao caso indicam que os advogados podem apresentar recurso nos próximos dias.
O ex-participante do Big Brother Brasil 20, Felipe Prior. Foto: Reprodução/TV Globo
Felipe Prior permanece em liberdade
Felipe Prior segue em liberdade enquanto aguarda a conclusão dos outros processos em andamento. Os dois casos em que já recebeu condenação ainda estão em fase recursal, segundo informações do Tribunal de Justiça de São Paulo.
O arquiteto e influenciador digital possui mais de dois milhões de seguidores nas redes sociais e tem mantido publicações com foco em arquitetura e esportes, mesmo diante das ações judiciais em curso.
Até o momento, Prior não se pronunciou diretamente sobre a absolvição em suas redes sociais. A expectativa é que ele aguarde a manifestação final dos tribunais em todos os processos antes de comentar publicamente os casos.
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