Sob pressão do Congresso, o governo federal liberou R$ 517 milhões em emendas parlamentares e mais R$ 1,1 bilhão em verbas extras do Ministério da Saúde entre os dias 16 e 17 de junho. A ofensiva ocorreu após reunião entre o presidente Lula (PT), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o ex-presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), no último sábado. Motta expressou descontentamento com a lentidão na liberação dos recursos, sinalizando dificuldades para aprovar propostas tributárias do governo caso o cenário persistisse.
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As liberações contemplaram principalmente cidades ligadas a aliados de Lira. Alagoas recebeu R$ 129 milhões, superando São Paulo, que ficou com R$ 85 milhões, mesmo tendo uma população 14 vezes maior. Maceió, reduto político de Lira, lidera o ranking nacional com R$ 57,7 milhões.
Além disso, desde meados de maio, o Ministério da Saúde editou 27 portarias para viabilizar os repasses, numa espécie de “novo orçamento secreto” do governo Lula. As verbas — em sua maioria para custeio e aquisição de equipamentos — têm liberação mais rápida e são as preferidas dos parlamentares, que enfrentam forte cobrança de suas bases às vésperas das festas juninas. Técnicos da Esplanada correram para agilizar os pagamentos e tentar conter a crescente insatisfação da base aliada.
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