O Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) está inovando na maneira de se comunicar com os doadores de sangue, utilizando o WhatsApp para transformar a experiência de quem realiza esse gesto solidário. A estratégia tem sido fundamental, especialmente nos períodos em que os estoques estão baixos, para garantir que haja sangue suficiente para atender à demanda da unidade.
A iniciativa, batizada de “Experiência do Doador” , foi desenvolvida pela equipe de Tecnologia da Informação da Associação de Gestão, Inovação e Resultados em Saúde (Agir) , que administra o Hugol. O sistema envia mensagens personalizadas para os doadores, desde o momento do cadastro até a utilização efetiva do sangue nas transfusões.
“O momento mais emocionante é quando o doador recebe uma mensagem informando que seu sangue foi usado em uma transfusão. Isso torna a doação algo ainda mais significativo, gerando uma conexão real com a vida que ele ajudou a salvar”, explica o gerente médico do Banco de Sangue do Hugol, Dr. Adriano Arantes .
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Atualmente, o Banco de Sangue do Hugol recebe, em média, 760 doadores por mês e realiza cerca de 929 transfusões mensais , atendendo pacientes que necessitam de suporte transfusional constante.
Como funciona o atendimento digital
O processo começa no momento em que o doador faz seu cadastro no Banco de Sangue e autoriza o recebimento de mensagens via WhatsApp. Em menos de dois minutos, um chatbot inicia a comunicação, enviando uma mensagem de boas-vindas , um vídeo institucional e informações sobre a doação.
Após a coleta, o sistema envia orientações sobre os cuidados pós-doação , além de um agradecimento personalizado e o link para uma pesquisa de satisfação . Dentro de 72 horas , o doador também é informado sobre a liberação dos resultados dos exames ou sobre a necessidade de retorno à unidade para orientações médicas, caso algum dado exija acompanhamento.
A comunicação não para por aí. O sistema envia ainda mensagens de aniversário , avisos sobre o período ideal para uma nova doação , alertas sobre a liberação após período de inaptidão e mudanças na categoria da carteira do doador .
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“Essa comunicação constante faz com que o doador se sinta valorizado e parte de uma rede de cuidado e solidariedade. Cada mensagem enviada é um lembrete de que pequenas ações têm grandes repercussões”, conclui Adriano.
A tecnologia tem se mostrado uma aliada não apenas para fidelizar doadores, mas também para fortalecer o vínculo com aqueles que fazem da solidariedade um compromisso contínuo com a vida.
