A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu nesta terça-feira (20) que o ex-ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, continue preso preventivamente.
Braga Netto está preso desde 14 de dezembro de 2024. A Polícia Federal (PF) acusou o general de tentar obstruir as investigações da existência de um complô que planejava um golpe de Estado em 2022, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As suspeitas da PF acontecem, principalmente, pela tentativa de contato de Braga Netto com o delator do caso, o tenente-coronel Mauro Cid.
A defesa do general reiterou o pedido por soltura, após ele se tornar réu por tentativa de golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF). Entretanto, a PGR entende que existe um risco de que o aliado de Bolsonaro volte a atrapalhar as investigações.
Leia mais: Ação desumana de Mabel contra população de rua desgasta gestão
Em manifestação enviada ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou: “O oferecimento de denúncia não afasta automaticamente o perigo de interferência indevida na instrução criminal, que sequer foi iniciada e cujo curso regular deve ser resguardado até a sua conclusão”.
O ex-ministro da Defesa é réu junto com o núcleo 1, conhecido como núcleo duro da tentativa de golpe — que inclui Bolsonaro e aliados próximos.