A prisão temporária de Denilson da Silva Boaventura (publicitário), Luís Gustavo Souza Rocha (jornalista) e Ellysama Aires Lopes de Almeida (influencer), ocorrida na manhã desta sexta-feira (16) em Anápolis, repercutiu rapidamente e gerou posicionamentos de instituições envolvidas direta ou indiretamente com o caso.
Os três são suspeitos de administrar os perfis “@anápolisnaroda”, “@anapolisnaroda2” e “@anapolisnaroda3”, que publicavam conteúdos com forte engajamento local. A investigação teve início após uma denúncia de perseguição e difamação por parte de uma vítima, o que levou à aplicação de artigos do Código Penal relacionados a injúria (139 e 140), perseguição (147-A), falsa identidade (307) e associação criminosa (288).
Além das prisões, a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão de equipamentos eletrônicos e autorizou a quebra de sigilo de dados telefônicos e de redes sociais.
Segundo decisão da juíza Marcella Caetano da Costa, a prisão é “necessária ao aprofundamento das investigações”, havendo indícios suficientes de autoria e materialidade dos crimes investigados.
Portal 6 nega envolvimento
Um dos alvos da operação é Denilson Boaventura, que também ocupa o cargo de diretor de Operações do Portal 6. Em nota oficial, o veículo de imprensa reforçou que não tem qualquer ligação com os perfis investigados e afirmou que continuará acompanhando os desdobramentos da operação:
“Ressaltamos que o veículo, que completa em 2025 10 anos de atividades, nada tem a ver com a situação. O Portal 6 continuará acompanhando o caso e reportando todas as informações que as autoridades competentes tornarem públicas.”
Weverthon Dias, diretor-geral do Portal 6
Prefeitura de Anápolis aguarda apuração
A Prefeitura de Anápolis também se manifestou, afirmando que tomou conhecimento dos fatos juntamente com a população. Em nota, o Executivo municipal declarou que aguarda a apuração da Polícia Civil para adotar eventuais providências:
A Prefeitura de Anápolis informa que tomou conhecimento dos fatos juntamente com a população e que aguardará o trabalho de investigação da Polícia Civil para tomar as devidas providências.
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A investigação segue em curso e novos desdobramentos devem ocorrer com o avanço das análises dos materiais apreendidos. A expectativa é que, com as provas colhidas, as autoridades definam se haverá conversão da prisão temporária em prisão preventiva.