A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Goiânia, identificou a mulher suspeita de agredir brutalmente a própria filha de quatro anos e gravar as cenas para enviar ao pai da criança. Segundo as investigações, o homem que mantinha um relacionamento extraconjugal com a autora recebeu os vídeos, mas não tomou qualquer atitude para proteger a criança, que é fruto da relação entre os dois.
Os registros incluem ameaças com faca, enforcamentos simulados e violência física, caracterizando um cenário de extrema gravidade. Ainda de acordo com a polícia, o vídeo mais antigo tem mais de um ano e o mais recente foi feito há poucas semanas.
A suspeita usava os vídeos como forma de chantagem emocional, na tentativa de forçar o homem a deixar a esposa e assumir o relacionamento. Apesar de ter conhecimento do conteúdo e da violência praticada, o pai não comunicou as autoridades e omitiu-se diante dos crimes.
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A criança foi localizada e, no momento do acolhimento policial, não apresentava lesões aparentes. O Conselho Tutelar foi acionado, retirou a guarda da mãe e encaminhou a menina a um familiar responsável, que assumiu os cuidados sob orientação da rede de proteção.
Durante os depoimentos, tanto a mãe quanto o pai optaram por ficar em silêncio. A Polícia Civil segue com a investigação, ouvindo testemunhas e reunindo elementos que ajudem a esclarecer a dinâmica das agressões e as motivações do crime, considerado bárbaro pelas autoridades.