A 28ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia, realizada na manhã de terça-feira (6), foi marcada por intensos debates sobre a greve dos servidores municipais da Educação. Representantes da categoria lotaram a galeria do plenário João Antônio Borges e solicitaram espaço de fala para apresentar suas reivindicações.
Em nome dos educadores, o presidente regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintego), Valdeci, e a professora Aline usaram a tribuna para relatar as principais reivindicações. Valdeci cobrou o pagamento do piso salarial da categoria, que, segundo ele, deveria ter sido efetuado em janeiro. A Prefeitura alegou dificuldades financeiras devido a dívidas herdadas da gestão anterior, comprometendo-se a regularizar a situação posteriormente, o que, segundo o presidente, ainda não ocorreu.
De acordo com Valdeci, a proposta apresentada pelo Executivo foi de aplicar o reajuste apenas a partir de maio, sem o pagamento retroativo. Ele lamentou a ausência desse repasse, que representa cerca de R$ 7 milhões, e afirmou que a decisão da Prefeitura agrava o desgaste com os profissionais da educação. Ainda assim, destacou que a Câmara tem sido historicamente parceira do Sintego, aprovando matérias importantes para o setor.
Criticando a postura do Executivo, o presidente do sindicato afirmou que a gestão “parece gostar da greve” por não cumprir obrigações legais. A professora Aline reforçou a necessidade de diálogo e urgência na resolução do impasse, enfatizando que a continuidade da greve compromete o andamento das atividades escolares e afeta diretamente os alunos da rede municipal de ensino.
Em resposta, o vereador Willian Panda, presidente da Comissão de Educação da Câmara, reconheceu a importância das reivindicações dos servidores e se comprometeu a intermediar o diálogo entre a categoria e o Executivo. Ele ressaltou que a valorização dos profissionais da educação é fundamental para a melhoria da qualidade do ensino no município.
A sessão também contou com a aprovação de duas homenagens, uma delas destinada ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), em reconhecimento ao trabalho da entidade em defesa dos direitos dos profissionais da educação.
A greve dos servidores da educação continua, e a expectativa é de que novas negociações entre o Sintego e a Prefeitura ocorram nas próximas semanas para buscar uma solução que atenda às demandas da categoria e assegure o pleno funcionamento das atividades escolares em Aparecida de Goiânia.
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