Bruno Goulart
Localizado no sudoeste de Goiás, o município de Piranhas vem se consolidando como uma peça-chave no tabuleiro econômico do estado, especialmente pela força do agronegócio e sua posição estratégica ao longo da BR-158, uma das mais extensas e importantes rodovias do Brasil. Com um Produto Interno Bruto (PIB) de aproximadamente R$ 609,4 milhões, dos quais 37,1% são gerados pela agropecuária, a cidade tem se destacado também pela organização administrativa e ações voltadas à melhoria da infraestrutura e qualidade de vida de seus moradores.
A base produtiva de Piranhas reflete o perfil do sul goiano: o agronegócio lidera com a produção de grãos como soja e milho, além da pecuária bovina e extração de minérios como ferro, bauxita e manganês. A participação dos serviços (32,2%) e da indústria (21,1%) também confirma a diversificação econômica crescente. A administração pública representa 9,6% do valor adicionado, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além disso, a localização do município, na divisa com Caiapônia e em relativa proximidade com Jataí — um dos maiores polos agrícolas de Goiás — fortalece ainda mais sua vocação logística. Cortada pela BR-158, que liga o Norte ao extremo Sul do país, Piranhas está inserida em uma rota fundamental para o escoamento da produção nacional, conectando produtores rurais a mercados consumidores e centros de exportação.
Leia mais: Com vocação para o agro e ecoturismo, Caiapônia avança com gestão Argemiro
Esse cenário de potencial econômico vem sendo acompanhado por uma série de melhorias urbanas e rurais. Nos primeiros 100 dias da gestão do prefeito Paulo Lasserre (PRD), a prefeitura concentrou esforços em obras que buscam atender a demandas históricas da população. A entrega de uma ponte na rota turística da Cachoeira São Domingos, uma queda d’água de quase 100 metros, por exemplo, reforça não apenas a mobilidade local, mas também o acesso a regiões de produção agropecuária e potencial ecoturístico.
Outras obras incluem a revitalização da Praça Laurindo Ribeiro e do Estádio Jonas Xavier Magalhães, no Setor Sudoeste, espaços que estavam há anos aguardando melhorias. A atenção à infraestrutura urbana também pode ser observada na Operação Tapa-Buracos, iniciada no fim de abril, acompanhada de serviços de limpeza e poda de árvores para viabilizar o recapeamento futuro de ruas e avenidas.
Na zona rural, a entrega de uma Casa de Farinha Móvel à comunidade do Assentamento Vale dos Buritis é um exemplo de reaproveitamento de equipamentos públicos para fomentar a economia agrícola. Abandonada anteriormente, a estrutura foi reformada e colocada a serviço da agricultura familiar, oferecendo condições mais dignas e eficientes para o processamento da mandioca e a produção de derivados como beijus e tapiocas.
A atual gestão também tem tratado de outro ponto – o fornecimento de energia elétrica, tanto na zona urbana quanto na rural. Em reunião com representantes da Equatorial Goiás, a prefeitura apresentou as principais deficiências no abastecimento, como a dificuldade de funcionamento de aparelhos de ar-condicionado nas escolas por falta de energia adequada, além da urgência em levar eletricidade a pontos estratégicos como o Estádio Serra Negra, o novo cemitério municipal e a Capelinha, sede de uma das festas religiosas mais tradicionais da cidade.
No campo da habitação, o município participou da entrega de moradias do programa “Pra Ter Onde Morar – Casas a Custo Zero”, numa parceria entre a prefeitura, o Governo de Goiás e a Agehab. O projeto atende famílias em situação de vulnerabilidade, reduzindo o déficit habitacional local.
O PIB da cidade é de cerca de R$ 609,4 milhões de reais, sendo que 37,1% do valor adicionado advém da agropecuária, na sequência aparecem as participações dos serviços (32,2%), da indústria (21,1%) e da administração pública (9,6%), segundo dados do IBGE.