O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Barroso, criticou reportagem do jornal norte americano “The Economist” em que acusou o ministro Alexandre de Moraes de ter poder excessivo na corte pelas normas do Supremo. De acordo com a nota do magistrado publicada em português e em inglês, o país vive uma “democracia plena, Estado de direito, freios e contrapesos e respeito aos direitos fundamentais.”
A reportagem norte americana reconheceu os diversos atentados dos apoiadores da extrema-direita contra a democracia, como os ataques do 8 de janeiro às praças dos Três Poderes, a tentativa de usar um dispositivo explosivo na véspera do Natal em um aeroporto em Brasília, e o plano de assassinar o presidente da república Luiz Inácio Lula (PT) e o seu vice Geraldo Alckmin (PSB) pelo plano golpista do “Punhal Verde e Amarelo”.
Contudo, afirma que o regimento interno do Supremo abre espaço para abusos de poder e ainda pede por uma atuação mais “moderada” por parte do grupo. Entre uma das coisas que a revista pede é o julgamento do primeiro núcleo de Bolsonaro para o plenário com 11 ministros, ao invés de ser reservado para a 1º Turma do STF com apenas 5 magistrados. Outros pontos apontados pela matéria são a suspensão da plataforma X (antigo Twitter) como evidência de “abuso de poder” e as “decisões monocráticas do STF”, ao qual Barroso responde e afirma que a suspensão foi devido à falta de uma representação legal no país e as decisões monocráticas são geralmente ratificadas por outros magistrados da corte.