O Deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) apresentou, nesta terça-feira (11/3), um projeto de lei para criminalizar ataques contra líderes religiosos nas redes sociais. A proposta surge após a recente controvérsia envolvendo o sacerdote católico Frei Gilson, que tem sido alvo de críticas e apoios no ambiente digital.
O Projeto de Lei 885/2024 prevê pena de seis meses a dois anos de reclusão, além de multa, para quem promover, organizar ou realizar ataques em massa contra religiosos com o objetivo de incitar ódio, intolerância ou violência.
Polêmica vista por deputado
A popularidade de Frei Gilson cresceu nos últimos anos, impulsionada por suas transmissões ao vivo durante a Quaresma, sempre às 4h da manhã. No entanto, sua presença digital também gerou reações opostas.
Setores da esquerda passaram a criticar o religioso, acusando-o de ligações com o conservadorismo político. Em resposta, figuras da direita, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), manifestaram apoio ao frei.
Nas redes sociais, usuários debateram a situação. Alguns perfis ironizaram a mobilização de políticos de direita, enquanto outros criticaram os ataques ao religioso. A repercussão levou até a sugestões para que o presidente Lula (PT) se pronunciasse sobre o tema.
Deputado do PL. Foto: Divulgação
Quem é Frei Gilson?
Natural de São Paulo, Frei Gilson ingressou na vida religiosa aos 18 anos, tornando-se membro da Congregação Carmelitas Mensageiros do Espírito Santo. Além do trabalho na igreja, também se dedica à música cristã, liderando o grupo Som do Monte.
Seus vídeos diários ganharam força durante a pandemia. O frei afirmou que as orações na madrugada foram pensadas para ajudar pessoas que sofrem com insônia ou estão passando por momentos difíceis. Hoje, ele acumula mais de 5 milhões de inscritos no YouTube e 7 milhões de seguidores no Instagram.
Frei Gilson. Foto: Reprodução/ redes sociais
A proposta do deputado Bilynskyj ainda deve tramitar na Câmara dos Deputados antes de qualquer aprovação. O debate sobre o projeto segue dividido entre defensores da liberdade religiosa e críticos que apontam risco à liberdade de expressão.
